Terça Maio 21 , 2024
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Polêmica do Ensino Religioso

Saiba mais sobre a polêmica do ensino religioso no Rio de Janeiro

A opinião do secretário de Educação do Rio, Claudio Mendonça, sobre a polêmica do ensino religioso no Estado e o quadro de ensino:

O atual secretário estadual de Educação, Claudio Mendonça, que assumiu a secretaria no início do ano, rebate as críticas e diz que está arrumando a casa. ''Se tívessemos deixado de contratar professores de Química, Matemática e Biologia para contratar de religião, por exemplo, poderíamos ser criticados. Mas essa não é a verdade'', rebate o secretário. ''No início do ano fizemos um grande levantamento da falta de professores. Contratamos 8542 temporários, dos quais 3500 são de concurso anterior. Hoje podemos dizer com segurança que a carência sistêmica de professores no estado acabou'', diz ele, que deve anunciar novo concurso em julho.

Mendonça exalta a matriz mínima de horas de ensino nas escolas do Rio, considerada uma das maiores do Brasil. ''Aqui é de 3240, enquanto o mínimo nacional previsto é de 2400 horas'', conta. Em março, ele lançou um serviço de 0800 para que os diretores informem a falta de professores em suas escolas. Diz que o orçamento previsto para a secretaria tem sido suficiente e que não devem faltar recursos para realizar os programas que planeja. ''Até agora a governadora tem apostado em tudo.'' A menina dos olhos da secretaria hoje atende pelo nome 'Nova Escola', programa criado por Garotinho e agora reformulado na gestão de Mendonça. No projeto original, as escolas passavam por uma avaliação da secretaria. Os professores dos colégios com melhores índices de qualidade de ensino ganhavam maior abono no salário do fim do mês que os das escolas com índices piores. ''Agora também queremos estimular as escolas que estão se esforçando para melhorar'', explica Claudio.

O secretário anima-se ao falar que está mudando muita coisa ao mesmo tempo, da informatização das secretarias escolares ao aumento da gratificação dos diretores de escola. Mas quando o assunto é o ensino religioso, Mendonça reconhece que é preciso cautela. Ele sabe a bomba que tem nas mãos e, por isso, evita transformar a questão em polêmica. ''O desenvolvimento de valores humanos é importante. Com o ensino religioso, oferecemos algo que não tem como ser negativo'', diz Mendonça. Mas o secretário acaba alimentando o debate em torno do ensino de criacionismo e evolucionismo nas escolas. ''Será que alguma dessas teorias é verdadeira? Quando se fala em origem da vida, é importante questionar tudo'', opina o secretário, que é católico no batismo mas hoje não segue nenhuma religião.

A opinião de Roseli Fischmann, professora de pós-graduação em Educação na Universidade de São Paulo (USP):

''Nossa Constituição diz que o ensino religioso é obrigatório no horário normal das escolas e facultativo para o aluno. Não quer dizer que é no horário de aula. E se o Estado é laico, não pode se pronunciar sobre religião. Ele não pode, por exemplo, dizer quem está habilitado para dar aula, nem fazer concurso. Isso está passando ao largo da cidadania. Antes, os impostos eram recolhidos em nome de Deus. Mas as coisas mudaram. Hoje, são recolhidos em nome do bem comum. Tem gente que fala que as aulas de ensino religioso são para ensinar valores e comportamentos. Mas isso pode e deve ser tratado ao longo do dia-a-dia da criança, não precisa ser ensinado em uma aula de religião. A religião é de âmbito privado, da família.''

O que diz Guilhermina Rocha, coordenadora-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe).

''O ensino religioso constitui um gasto para o Estado e não é prioridade. O Estado poderia desenvolver outros projetos. É fundamental que antes se arrume a casa. A carência de professores já é antiga, mas se não houver vontade política ela pode perdurar. Além disso, o governo não pode achar que os problemas da sociedade civil se resolvem com religião. A realidade de cada aluno é diferente. Será que é a fé que vai fazer a escola melhorar?''

A opinião do deputado estadual Alessandro Molon (PT), ligado às questões de educação:

''A carência de professores no estado vem agravando ao longo dos anos'', critica o deputado estadual Alessandro Molon (PT). ''Em evasão escolar, estamos empatados com o Amapá, faltam vagas para os alunos que vêm do ensino fundamental e os índices de repetência são alarmantes.''

Fonte: Revista Época



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